segunda-feira, 28 de março de 2011

Para Descontrair ;)


O 10° dia ta postado aqui em baixo!!!

10° Dia

exta-feira e vou seguindo com Rita. Hoje não senti que o medicamento não agiu conforme os dias anteriores. Primeiro a brisa quase imperceptível e logo depois uma explosão de energia na mente, conseguindo foco e contendo a agitação e aquela aceleração de mil pensamentos a mil por hora.
Hoje está diferente, senti que o efeito dela veio mais de mansinho. Realizei minhas atividades do dia-a-dia com naturalidade, mas senti um meio termo entre estar desperto mas não totalmente focado, como se tivesse de repente usado meia cápsula.
No trabalho tudo bem pela manhã, quase consigo tirar um cochilo antes do almoço se minha mãe já não chegasse na hora da pestana, cochilo o qual não consegui mais tirar depois que comecei essa minha relação com Rita. Sim ela tira o meu sono.
A tarde fico sonolento, meio desperso. Creio que o efeito da Rita já tenha passado, mas não vou poder chegar em casa para descansar porque sexta-feira tenho aula no cursinho e nem cogito em faltar.
Quando chega a noite e vou para a sala de aula, eu consigo me concentrar na aula, pelo menos até o intervalo. No segundo horário parece que estou naqueles dias em que eu ainda não conhecia Rita mas estava afim de aprender, dispersava mas logo que eu percebia que estava engatando em uma viagem sem fim voltava a me focar. No final das contas eu consegui guardar bem as informações, tudo anotado direitinho para revisar amanhã.
Amanhã será sábado e irei estudar porque existe boatos que irá sair o meu esperado edital sairá já já.

sábado, 26 de março de 2011

Dia 9°

Acordo feliz pois o rádio-relógio me acordou com a grande notícia que meu time ganhou ontem mais um jogo na Copa do Brasil. Vamos seguir em frente me preparando para seguir apra o trabalho. Mas no caminho para o trabalho me sinto como se estivesse esquecido de alguma coisa. Rita!
Volto o caminho, dou um beijo na minha mãe querida que já está acordada, tomo a minha Rita e novamente sigo para o trabalho. Confesso que só voltei por causa do diário, caso contrário ia deixar mais um dia sem tomar de bobeira.
Resolvo cronometrar mais uma vez para dar tempo exato da ação da Rita. E para minha surpresa, eu sinto que ela começa a agir de maneira mais rápida. Quando deu 27 minutos eu senti uma leve brisa do remédio, sentia que estava começando a ficar mais desperto. Quando deu 40 minutos eu sinto o medicamento agindo no seu ápice.
Sinto-me mais disposto para ser mais comunicativo sem necessariamente ser inoportuno, atrapalhando um colega que esteja concentrado no seu trabalho, pois uns tempos atrás eu estava um pouco lacônico concentrado nos meu pensamentos e atividades e recentemente eu estou mais comunicativo mas em excesso, às veze tirando o sossego de quem queria estar quieto. Ainda bem que essa fase comunicativa coincidiu com o carnaval, porque solteiro e introspecto não ia dar muito certo.
Depois do almoço, no meio do trabalho, eu sinto que o efeito da Rita começa diminuir. Depois de 7 horas eu volto a ficar novamente mais disperso e a prova disso foi a palestra sobre a avaliação de desempenho dos servidores. Me senti nos tempos de colégio que eu conversava, me mexia e fazia de tudo para não ter que olhar para frente e prestar atenção na palestrante.
A noite fui estudar e tudo correu muito bem, organizado, reaprendendo conceitos antigos e esquecidos e depois fui para a academia e quase passo mal por pressão baixa. Mas não se assuste, acontece isso sempre que vou malhar perna.    
Eu procurei na internet o tempo de duração dos remédios disponíveis no mercado e descobri que a Rita possui diferentes gramas, umas com 10g outras com 20g e com diferentes tipo de duração. Eu consumo a Ritalina LA que possui um efeito prolongado, por volta de 7 a 8 horas, mas existe a Ritalina normal que o tempo de duração é reduzido, pelo que li, por um período de 3 a 4 horas.

sexta-feira, 25 de março de 2011

8° Dia

Vou para o trabalho, mas dessa vez não me esqueço de Rita. Dessa vez tento cronometrar a hora exata do seu funcionamento. Eu tomo exatamente ás 7:40 e vou trabalhar. Engraçado como ocorre o efeito placebo, assim que passa uns 10 minutos começo a acreditar que está fazendo efeito, mas sei que não é assim que funciona. Mas quando o relógio bate umas dez para as nove, começo a sentir mais agitado. Me concentro em escrever um pouco até ser interrompido por um colega com uns problemas pessoais. Geralmente quando eu fico concentrado em uma coisa, quando entro no estado em que alguns lugares que eu pesquisei chamam de “hiperfoco”, apenas dou respostas com sim, não ou “ahã” e assim as pessoas com quem falava acabavam desistindo de conversar e as vezes chateadas por pensarem errôneamente que não ligava para os problemas delas. Dessa vez foi diferente, parei de fazer o  que estava fazendo e dei atenção, conversei tranquilo sem ficar com a agonia de voltar logo o que estava fazendo e quando a conversa terminou consegui voltar a escrever o que estava fazendo.
O trabalho seguiu normal, com a demanda mais tranquila agora posso começar a baixar o ritimo e me concentrar em outras coisas sem comprometer as minhas atividades.
A noite segui minha rotina de estudos, não sinto aquela sonolência ou cansaço típico de quem trabalhou o dia inteiro, porém não senti muita diferença quanto a disperção. Eu leio, compreendo, mas sinto que daqui a pouco vou esquecer o que li e releio mais uma vez. Consegui render bem até a hora de ir para academia e depois me preparar para dormir.
Amanhã é um novo dia.

quinta-feira, 24 de março de 2011

7° Dia

Hoje eu esqueci de tomar a Rita, era para ser a última coisa de fazer antes de sair de casa. E só vou voltar para casa a noite porque eu vou almoçar na casa da minha avó e nem cogito tomar quando chegar em casa se não eu acho que vou transformar a noite em dia.
Fui para a fisioterapia e segui para o trabalho, mas senti que estava um pouco sonolento. Durante o trabalho na parte da manhã sinto que o rendimento está moderado porque acho que poderia render mais, mas tudo bem não dá para ficar a todo o vapor o tempo todo.
No almoço eu tenho que ir na casa da minha avó, mas antes eu tenho que buscar o meu irmão no colégio para almoçarmos juntos.
No carro eu pergunto sobre o dia-a-dia dele na escola, ele tem 13 anos e imagino que ele deve ser lotado de responsabilidades. Durante a conversa eu pergunto com ele se porta durante os estudos das matérias e ele relata que tem dificuldade e desinteresse quanto ao estudo de matérias exatas, e à leitura de assuntos de outras que ele gosta mas que ele julga desinteressante.
Engraçado que pouco antes de viajar para o carnaval, eu tinha perguntado ao meu pai se ele tinha as mesmas dificuldades na escola como eu tive, e ele respondeu “muita”.
Relatou que não conseguia se concentrar nas matérias e que era muito disperso até mesmo em conversas com as pessoas, mas assim como eu, foi criando mecanismos que não deixa aparente que já estava disperso durante a conversa. Com essas premissas eu acredito na teoria de que o TDAH é genético, mas vou me aprofundar um pouco mais na história deles outro dia e relatar aqui.
Voltando ao diário, depois de almoçar na casa da minha querida avó e deixar meu irmão novamente na escola, volto para o trabalho. Durante o expediente é um Deus nos acuda para me manter acordado e já senti que vai ser novamente um dia a menos de estudo.
chego em casa e me arrumo para dormir as 20 horas.
Acredito que se tivesse tomado a Rita estaria mais disposto, mas não posso depender dela para ficar mais energético para realizar minhas atividade e com isso ficar dependente, pois segundo a bula, pode causar dependência física ou psíquica.

6° Dia

Segunda, minha chefe me lembra que tenho que marcar minhas férias, mas quanto à Rita normal sem novidades, não senti nenhuma diferença. Somente a falta de sono durante o dia. A noite comecei a seguir o plano, tranquilo para segui-lo a princípio. O estudo foi razoável, me senti como se o TDAH estivesse ali presente, me dispersando e eu brigando para voltar ao livro o tempo todo, o que eu ia fazer com as férias, o ar condicionado me lembrando o avião de volta pro Rio de Janeiro, lembrando de coisas que eu devia e queria ter feito na infância e outros pensamentos que nem me lembro.

segunda-feira, 21 de março de 2011

5° Dia

É domingo e dormi bastante novamente, acordo umas 9 horas. Tenho uma idéia de reorganizar o meu planejamento de estudos. O problema é que geralmente quando eu faço um planejamento, é como se eu escrevesse uma sinfonia clássica e na hora de tocar a música saia um jazz improvisado, fora que eu não passo de meia hora para fazer o planejamento de estudo, porque só me atenho às horas de estudo e tabela de organização das matérias.
Desta vez, eu tenho certeza que a Rita apareceu porque eu fiquei mais de 2 horas fazendo um planejamento bem consistente e coerente para o meu foco, que é a segurança pública. Criei planilhas, separei os tópicos de cada matéria e criei uma relação entre os editais da Polícia Federal, Civil do DF e do Senado. E por incrível que pareça, quando normalmente eu tento fazer algo do gênero, eu começo a fazer isso e logo já estou pesquisando outras besteiras que nem de longe tem haver com o que estou fazendo. Exemplo? Quem é Franca Potente? Pois é.
Consegui realizar as tarefas até a hora do almoço.
A tarde eu poderia ter estudado mas acabei tomando o rumo mais fácil e parti para o vício do videogame, que nem sequer é meu é do meu primo.  Foi um grande vacilo meu, pois se eu voltasse para casa para estudar eu consegui retomar sem problemas. Se todos os dias forem assim irá ser muito bom para os estudos.

4° Dia

Acreditem, acordei umas 7:30 da manhã, não sabia que estava tão cansado. Tomo o remédio e vou direto para a Fisioterapia que começa as 8 horas no sábado. Chego em casa, junto o material e vou para a sala de estudos do cursinho. Estudo sem sentir nada que me remetesse á Rital. Mas sinto que estou desmotivado para os estudos por falta de previsão do edital e que estou apenas revisando meio sem metodologia.
A tarde vou para a academia e na sequência vou para o clube do meu primo para treinar para a prova de natação que é exigida na prova da Polícia Federal.
Já a noite o sono novamente me consome, mas consigo resistir jogando um videogame até perto das 22 horas para poder dormir.

domingo, 20 de março de 2011

3° Dia


Acordei cedo para fazer a fisioterapia, mas claro que antes vamos colocar  a Rita pra dentro e seguir o dia. Chego ao trabalho e me sinto desperto novamente. O que difere dos outros dias foi na hora do almoço em que eu finalmente consegui dar um cochilada de meia hora. Segui para o trabalho e tudo bem até as 17:00 horas, depois disso me bate um sono tremendo. Mal chego em casa e vou direto para a cama. Dormi umas 6 horas de ontem para hoje, mas geralmente consigo estudar um pouco antes de dormir.

sábado, 19 de março de 2011

2º Dia

Assim como o gato Garfield, “adoro” acordar bem cedo. Mas como não tem outro horário para fazer minha fisioterapia e preciso que esse tornozelo melhore o mais rápido possível vamos lá.
Porém antes de mais nada, vou tomar a minha Rita. Só tem um dia que a gente tá junto e já to forçando amizade, hehe. Engraçado que o comprimido é diferente de outros que eu já tomei para resfriado e coisas do gênero. Se você chacoalhar você escuta um som parecido como se fosse pequenas maracas, ou pote fechado com pouca areia.
Após tomar e me arrumar vou para a fisioterapia. De lá vou apra o trabalho e chego umas 8:30 e começo a trabalhar.
Como ultimamente tenho tido muito trabalho, porque alguns colegas tiraram merecidas férias, tive que ficar bastante focado no meu trabalho e partir pra cima. Hoje de manhã eu nem parei para pensar se estava sob o efeito da Rita ou não, o que importa é que o trabalho está rendendo.
Para não dizer que não pensei, a única hora que me ocorre para pensar nisso era hora do almoço. Nem vi o tempo passar.
Quando chego em casa, logo após o almoço tá na hora dar, ou tentar dar, o cochilo sagrado.
Deito na cama da minha fofura (minha mãe) e quando menos espero, estou acordando depois de meia hora de sono. Acordo com sono, mas quando acordo antes das sete da manhã geralmente me sinto mais sonolento mesmo. Volto para o trabalho no gás total e depois volto para casa para fazer um lanchinho rápido antes de estudar. Me sinto bem para estudar, mas nada de diferente, antes de conhecer Rita já me sentia assim quando cochilava na hora do almoço.Chego a sala de estudo do cursinho umas quase 7 horas e começo a dar uma revisada nas matérias que fazia um tempinho que não via devido a falta de motivação, ansiedade do carnaval, corpo mole e TDAH.
Ha sim, um ponto que não sei se tem relevância mas vou relatar aqui é que o carnaval foi bom para mim não só no sentido de curtição, mas no sentido que estava estressado com várias frustrações relacionadas a concurso, falta de saída, falta de relacionamento devido aos estudos, falta de dinheiro, enfim, todos aqueles problemas que todos têm dessa forma ou de outra e que se não dermos um tempo para nós espairecermos isso afeta nosso rendimento em qualquer coisa.
Mas voltando, a partir do momento no qual me sento na cadeira das 7 para começar a revisar as matérias, AFO e Direito administrativo, leio tudo normalmente e reviso numa boa sem sentir que algo mudou. Termino a  revisão lá pelas 10:30 que é o horário da sala de estudos. vou para casa e me preparo para dormir.
Acho que é muito cedo para tirar conclusões ou que se possa fazer algum efeito. O próprio médico disse que as vezes a Rita de 20 mg pode não fazer efeito algum e então aumentar a dose ou até mesmo indicar outro medicamento chamado Concerta( nomezinho infeliz, me lembra as professoras que me davam esporros  para ver se me concertava, ou como se fosse um calhambeque que precisa de peça para concertar ). Acho que devo dar tempo ao tempo, o problema é ficar no sentimento  de que algo está para acontecer toda vez que tomo um comprimido de maraca.

1° Dia:

Acordo cedo, mais cedo que o de costume, uma hora antes do despertador. E claro que depois do carnaval com certeza não era por estar ansioso para voltar ao trabalho. Abro os olhos e me viro para o lado direito da cama e lá está ela, lacrada, do jeitinho que deixei antes de viajar.
Penso e reflito em tudo que disse anteriormente, fora vários outros mil pensamentos que não tinham nada haver com o tema deste diário até o despertador me levantar.
Sete horas, finalmente dou o primeiro passo para a tal nova percepção que estou curioso em experimentar. Logo, abro o lacre e tomo a primeira cápsula antes mesmo de me vestir.
Me arrumo, café da manhã, dirijo, chego no trabalho umas 8:10. Até então nada, até que o relógio aponta umas 9:30 e sinto que estou mais energético, mas por assim dizer “mentalmente energético”. Não é uma vontade louca de sair correndo ou pular, é apenas como se eu estivesse com vontade de tirar um dormir e alguém me desse para beber dois litros de café expresso com guraná, você fica acordado mas não anima de jogar uma pelada por exemplo.
Não sei se é o medicamento que está fazendo efeito ou sei foi o fato de ter dormido bem na noite anterior, porque minha mente acordou e me sinto com energia, vamos ver o quanto isso irá durar.
Como eu tenho duas horas de almoço e moro relativamente perto do trabalho, eu sempre aproveito para ir a minha casa almoçar e tirar um cochilo de uns 15 a 30 minutinhos para revigorar as energias e voltar ao extenso batente.
Assim que termino de almoçar, chega a hora sagrada do cochilo. Deito na cama da minha mãe que é mais espaçosa e tento fechar os olhos.
Fico só na tentativa porque meus olhos não colam nem por um decreto. Meu corpo parece ter entendido o recado e estava bem relaxado na cama mas minha cabeça estava normal, não estava com a excitação da manhã, mas estava sem cansaço. Será a Rita ou meu sono pesado da noite anterior? De volta ao trabalho tudo normal, sem surpresas.
Depois do meu horário de trabalho, fui a academia recuperar os prejuízos do carnaval e então vou logo para casa para me preparar para dormir e  voltar a fisioterapia às 7 da manhã, porque o carnaval não ajudou nem um pouco o meu tornozelo.
Vou deixar a volta aos estudos para amanhã, porque já são quase 23:00 e agora estou com sono.